Ingrediente da Vez: Physalis
Considerada exótica ela é encontrada no mercado a preços elevados (R$7,00 a R$15,00), mas, apesar disso, no Norte e Nordeste do nosso país ela é comum nos quintais e chamada por nomes bem brasileiros como, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã, bate-testa e mata-fome.
Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.
Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão. Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na preparação de doces, geleias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e carnes. É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides.
Uso medicinal:
Conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.
Curiosidades:
- No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki
- As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia .
- Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração.
- A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho. 🙂
- Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países.
- Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate.